O Velocino de ouro
Eetes, rei da Cólquida, recebeu a profecia de que morreria se estrangeiros levassem embora o velocino de ouro. Por causa disto, e por sua crueldade, Eetes ordenou que os estrangeiros fossem sacrificados, para que sua fama de cruel afastasse os estrangeiros da Cólquida. Ele protegeu o santuário com um muro, e colocou guardas do Quersoneso Táurico, o que levou os gregos a inventarem vários mitos monstruosos. Espalhou-se que havia touros que soltavam fogo e um dragão que nunca dormia, em volta do templo.
Medeia levou os argonautas ao santuário, que ficava a setenta estádios de Síbaris, a cidade que tinha o palácio dos reis da Cólquida. Medeia falou com os guardas na língua da Táurida, e estes abriram os portões para os argonautas, que mataram vários guardas e afugentaram os demais, pegaram o velocino, e fugiram para os barcos. Enquanto isto, Medeia matou o dragão que nunca dormia com venenos, e foi se encontrar com Jasão. Eetes, alertado pelos guardas em fuga, atacou os gregos, e matou Ífito, irmão de Euristeu, o rei que havia imposto os os doze trabalhos de Hércules, porém na luta foi morto por Meleagro. Os gregos, apesar de alguns feridos, derrotaram os bárbaros, e conseguiram fugir.
A imagem do carneiro foi colocada por Nubes entre as constelações, e marca o tempo onde deve ser feita a semeadura, porque foi pelas artimanhas de Ino que a semeadura havia sido feita antes do tempo, com grãos molhados, o que tinha levado à fuga de Frixo e Hele.
Jasão foi um herói grego da Tessália. Seu pai, Esão, era filho de Creteu e Tiro. Sua mãe foi Polimede, filha de Autólico. Jasão foi criado por Quíron, o centauro que criou Aquiles.
O trono de IoIco passou de seu avô Creteu para seu tio Pélias, que era filho de Tiro e Poseidon. Temendo a profecia de que seria morto por Jasão, o rei Pélias enviou o herói, como condição para lhe restituir o trono, para uma missão impossível: trazer o Velocino de Ouro da distante Cólquida. Em Argos, Jasão construiu o navio Argo e reuniu uma tripulação de heróis, conhecida como os argonautas, para acompanhá-lo.
Após várias aventuras, inclusive a primeira passagem pelo Bósforo, os argonautas chegaram à Cólquida, pensando estar em alguma parte no fim do mas Negro. O rei Eetes da Cólquida exigiu que Jasão cumprisse várias tarefas para obter o Velocino, inclusive arar um campo com touros que cospem fogo, semear os dentes de um dragão, lutar com o exército que brotou dos dentes semeados e passar pelo dragão que guardou o próprio Velocino. Com o Velocino nas mãos, Jasão fugiu com Medeia e enfrentou várias aventuras na volta para casa. Medeia tramou a morte do rei Pélias, cumprindo a antiga profecia.
Depois, retirou-se para Corinto, após dez anos de casado, repudiou Medeia para desposar Gláucia, filha de Creonte, rei de Corinto. Medeia, por vingança, matou Gláucia e os próprios filhos que tivera de Jasão. Muitos anos depois, Jasão foi morto por um pedaço de madeira de Argo.
A Orfeu, que tinha o dom da música, coube a tarefa de cadenciar o trabalho dos remadores e de, principalmente, sobrepujar com sua voz, o canto das sereias que seduziam os navegantes. Argos, filho de Frixo, construiu o navio e por isso, em sua homenagem, a embarcação recebeu seu nome. Tífis, discípulo de Atena na arte da navegação foi designado piloto. Morto na Bitínia, foi substituído por Ergino, filho de Poseidon. Castor e Pólux, gêmeos filhos de Zeus e Leda, atraíram a proteção do pai durante a tempestade que o navio foi obrigado a enfrentar. Destacaram-se ainda entre os heróis: Admeto, filho do rei Feres; Ídmon e Anfiarau, célebres adivinhos ; Teseu , considerado o maior herói grego; Hércules que não completou a expedição; Etálides, filho de Hermes que atuou como arauto; os irmãos Idas e Linceu e, é claro, Jasão, chefe e comandante da expedição. Medeia era sobrinha de Circe e foi, por algum tempo, esposa de Jasão. Foi uma das personagens mais terríveis e fascinantes, ao envolver sentimentos contraditórios e profundamente cruéis, que inspiraram muitos artistas ao longo da história.
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