domingo, 7 de setembro de 2014

Menelau e Helena



         Menelau foi um rei lendário da Esparta, irmão mais novo de Agamémnon e filho de Atreu. O rapto da sua mulher por Páris (também conhecido como Alexandre), deu origem à Guerra de Troia.
         Depois da queda de Troia, conseguiu recuperar sua esposa. Menelau não era dos melhores guerreiros, mas era muito nobre e possuía grandes riquezas. Menelau e Helena tiveram uma filha chamada Hermíone. Helena, filha de Zeus e Leda, esposa de Tíndaro, tinha vários pretendentes. Ulisses sugeriu que todos os pretendentes jurassem defender o escolhido de qualquer mal que fosse feito contra ele; só então Tíndaro escolheu Menelau para casar com Helena, e fez Icário, seu irmão, casar Penélope, sua filha, com Ulisses.
         Menelau teve dois filhos, Nicostrato e Megapente, com uma escrava. Após a captura de Troia, Menelau se vingou de Dêifobo, que havia tomado Helena por esposa após a morte de Páris; Dêifobo foi torturado até a morte, cortado em pedaços, e teve orelhas, braços, nariz e o resto do corpo cortados. Após a Guerra de Troia, Menelau recebeu Telêmaco, que estava procurando Ulisses, acompanhado de Pisístrato, filho de Nestor. Menelau desembarcou em Creta, e lá descobriu a morte de Agamemnon. Em seguida, voltou para Micenas, onde tentou matar Orestes, mas foi impedido pelo povo, que decidiu que Orestes deveria ir para Atenas, onde seria julgado. Em seguida, Idomeneu convidou Orestes e Menelau para Creta, onde Orestes acusou Menelau de tramar contra ele em um momento em que ele estava enfraquecido, mas Idomeneu os reconciliou, e Menelau prometeu Hermíone em casamento a Orestes. Mas Hermíone se casou com Neoptólemo,filho de Aquiles.Quando Neoptólemo foi a Delfos agradecer pela morte de Páris, que havia matado seu pai, Hermíone, preocupada porque Neoptólemo dava mais atenção à sua esposa cativa Andrômaca do que a ela, pediu que Menelau matasse o filho de Andrômaca e Heitor, Laodamante, mas Andrômaca descobriu o plano e fugiu.
         Orestes também descobriu estes planos, e quis que Menelau os executasse, porque ele queria matar Neoptólemo, que havia se casado com Hermíone, prometida a ele. Menelau não queria tomar parte no crime, e voltou a Esparta.
         Helena era filha de Zeus e de Leda, irmã gêmea da rainha Clitemnestra de Micenas, irmã de Castor e Pólux e esposa do rei Menelau de Esparta.
         Quando tinha onze anos foi raptada pelo herói Teseu. Porém seus irmãos Castor e Pólux a levaram de volta a Esparta. 
         Possuía a reputação de mulher mais bela do mundo, Helena tinha diversos pretendentes, que incluíam muitos dos maiores heróis da Grécia, e o seu pai adotivo, Tíndaro, hesitava tomar uma decisão em favor de um deles temendo enfurecer os outros. Finalmente um dos pretendentes, Ulisses, rei de Ítaca, resolveu o impasse propondo que todos os pretendentes jurassem proteger Helena e o marido que ela escolhesse, qualquer que fosse. Helena então se casou com Menelau, que se tornou rei de Esparta.
         A Guerra de Troia ocorreu pela tentativa de Menelau em recuperar Helena, que havia sido capturada por Páris.

domingo, 31 de agosto de 2014

Perseu, filho de Zeus

                                                                 Perseu e o pégaso


         Perseu é um dos mais célebres semideuses e fundou Micenas, bisavô de Hércules, tendo sido ancestral, dos imperadores da Pércia. Famoso por ter decapitado a górgona Medusa, monstro que transformava em pedra qualquer um que olhasse em seus olhos. Como um semideus que se preze, Perseu era filho de Zeus, que sob a forma de uma chuva de ouro, introduziu-se na torre de bronze e engravidou sua mãe, a mortal Dânae, filha de Acrísio, rei de ArgosAcrísio era casado com Eurídicemas não tinha filhos homens, apenas Dânae. Quando Acrísio perguntou ao oráculo como a filha dele poderia ter filhos homens, a resposta foi que Dânae teria um filho que seria a causa de sua morte.
         Dizem que esta "chuva de ouro" foi uma larga soma em dinheiro que Zeus despejou sobre o colo de Dânae, para compensar a desonra que ele a fez passar. Acrísio, não acreditando que sua filha estava grávida de Zeus, colocou-a em um baú, que foi jogado ao mar. O baú chegou à ilha de Sérifo, onde foi encontrada por Díctis, que criou o bebê.
         Perseu se tornou um grande homem, forte, ambicioso, corajoso, aventureiro e protetor da mãe. Polidectes, com medo de que a ambição de Perseu o levasse a lhe usurpar o trono, propôs um torneio no qual o vencedor seria quem trouxesse a cabeça da Medusa, o instinto aventureiro de Perseu não o deixou recusar.
         Perseu, conhecendo sua mãe, disse que iria participar do torneio, mas não disse que iria enfrentar a Medusa, com receio de que ela o impedisse. Da batalha contra Medusa saiu vitorioso graças à ajuda de Atena, Hades e Hermes. Artena deu a ele um escudo tão bem polido, que era um espelho, ele podia ver o reflexo de algo ao olhar para o escudo. Hades lhe deu um elmo que torna invisível quem o usa, e Hermes deu a ele suas sandálias aladas, três objetos que foram definitivos para a vitória de Perseu.
         Medusa foi uma bela donzela, "a aspiração ciumenta de muitos pretendentes", sacerdotisa do templo de Atena. Um dia ela foi perseguida pelo Senhor dos Mares, Poseidon, e foi possuída por ele no próprio templo da deusa Atena; a deusa enfurecida, transformou o belo cabelo da donzela em serpentes, e deixou seu rosto tão horrível de se contemplar que a mera visão dele transformaria todos que o olhassem em pedra. Então Perseu, guiado pelo reflexo no escudo, sem olhar diretamente para a Medusa, derrotou-a cortando sua cabeça, que ofereceu à deusa Atena. Quando Medusa foi morta, o cavalo alado Pégaso e o gigante Crisaor surgiram de seu ventre. As outras duas irmãs de Medusa, Esteno e Euríale, perseguiram Perseu, mas este escapou devido ao capacete de Hades, que o tornou invisível para as Górgonas.Passou em seu retorno pelo país das Hespérides, onde ficava o titã Atlas, que foi condenado a segurar a abóbada celeste em seus ombros. Vendo que o lugar era muito bonito, Perseu pediu a Atlas se podia dormir pelos arredores naquele dia, dizendo ao titã: "Se vês uma pessoa pela sua família, saiba que sou filho de Zeus e se, porém, valorizas grandes feitos, saiba que matei a górgona Medusa". Atlas respondeu: "Tu, mortal, mataste a rainha das górgonas? Nenhum mortal teria condições para fazer tal coisa". Muito revoltado por Atlas não ter acreditado nele, Perseu mostrou a cabeça de Medusa ao enorme titã, este quando encarou os olhos da górgona começou a ter todo seu corpo petrificado, seus ossos se transformam em uma montanha, sua barba em floresta e sua cabeça o cume. Continuando sua volta para casa, passou por uma ilha onde viu uma linda mulher acorrentada no meio do mar, não fossem as lágrimas que vertiam de seu rosto, teria confundido-a com uma estátua. Perseu perguntou a jovem o que fez para merecer tal punição, a moça então disse a ele: "Eu sou Andrômeda, minha mãe Cassiopeia ousou comparar sua beleza com a deusa Afrodite, e fomos castigados por isso. Afrodite pediu a Poseidon que mandasse um monstro de Ceto destruir nossa cidade pelo erro de minha mãe e eu fui oferecida como sacrifício". Perseu disse que salvaria a bela moça, se esta prometesse se casar com ele, mas antes de receber a resposta, uma grande onda se abriu no meio e o monstro marinho apareceu. Sem pensar duas vezes Perseu foi de encontro ao monstro e, aproveitando sua vantagem de voar, colocou a cabeça da Medusa na frente do monstro e este virou pedra. Os pais de Andrômeda lhe concederam sua mão e Perseu voltou para casa com ela. Conforme a profecia, Perseu acabou assassinando o avô durante uma competição esportiva, em que participava da prova de arremesso de discos. Fazendo um lançamento desastroso, acertou acidentalmente seu avô sem saber que ele estava ali . Assim, cumpriu-se a profecia que Acrísio mais temia. Apesar disso Perseu se recusou a governar Argos e governou Tirinto e Micenas (cidade que fundou), estabelecendo uma família de sete filhos: Perseides, Perses, Alceu, Helio, Mestor, Sthenelus, e Electrião, e uma filha, Gorgófona. Seus descendentes também governaram Micenas, de Electrião à Euristeu, após os quais Atreu conquistou o reino, tais descendentes incluíam, também, o grande herói Hércules. Seguindo esta linhagem Perseu também era o ancestral dos persas.

                                                     Perseu mata Medusa

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Vida e aventuras de Teseu

                                                             Teseu e o Minotauro
         

         Teseu foi um grande herói ateniense. Ele governou Atenas entre 1234 e 1204 a.C..
          Na volta para Atenas, Egeu se hospedou em Trezena, cujo rei Piteu, filho de Pélope, compreendendo o oráculo, fez Egeu se embebedar e deitar com sua filha Etra. Na mesma noite, porém, Poseidon também se deitou com Etra.
         Egeu pediu a Etra que, se ela desse à luz um menino, só revelasse ao filho quem era seu pai quando ele tivesse forças para pegar a espada e as sandálias que ele escondera sob uma enorme pedra. Depois disso devia ir em segredo até Atenas, portando a espada de seu pai e calçando suas sandálias.
         Egeu teve de voltar a Atenas, para celebrar o festival Pan Ateniense, onde Androgeu, filho de Minos, derrotou todos os competidores. Egeu enviou contra Androgeu o touro de Maratona, que o matou. Quando a notícia da morte de Androgeu chegou a Minos, estava sacrificando às Graças em Paros, jogou fora a guirlanda que usava e interrompeu a música das flautas, costume que passou a ser adotado em Paros, nos sacrifícios às Graças, feitos sem flautas e guirlandas.
         Um menino nasceu, cresceu vigoroso e forte como um herói. Aos dezesseis anos seu vigor físico era tão impressionante que Etra decidiu contar-lhe quem era o pai e o que se esperava dele. Teseu ergueu então a enorme pedra antes movida por Egeu, recuperou a espada e as sandálias do pai e dirigiu-se a Atenas. Quando Teseu chegou em Atenas já era conhecido pelos seus feitos, mas o rei Egeu não sabia que ele era seu filho. Medeia já estava instalada no palácio real depois de fugir de Corinto após o assassinato de quatro pessoas, inclusive seus dois filhos. Medeia sabia da identidade do herói, mas não contou a Egeu e sim o convenceu a matar o forasteiro, que poderia ser uma ameaça ao seu reinado. Colocou veneno no vinho e ofereceu ao visitante ilustre. Teseu tirou a espada para seu conforto à mesa e Egeu o reconheceu, evitando assim a sua morte. Medeia mais uma vez foi expulsa de um reino, só que desta vez voltou para a Cólquida.
         Na véspera da caçada uma senhora hospedou Teseu em sua humilde casa e prometeu um sacrifício para Zeus se ele voltasse vivo e vitorioso. Quando voltou para ver sua anfitriã, que se chamava Hécale, Teseu encontrou-a morta e instituiu um culto a Zeus Hecalésio em sua honra. Antes de virar rei, Teseu precisou enfrentar a sua própria fúria animal na forma de um touro. O mesmo touro foi responsável pelo encontro de Teseu com Ariadne, filha de Minos, o início de sua ruína.

                                                             Teseu e Ariadne


         Ao tomar conhecimento de que seus primos queriam tirar o trono de seu pai, Teseu resolveu acabar com eles. Os primos se dividiram para fazer uma emboscada, mas Teseu foi avisado pelo arauto Leos. Depois, Teseu teve de se exilar por um ano em Trezena. Para combater o Touro de Creta, foi enviado anteriormente por Egeu o jovem Androgeu, que era filho de Minos e sua esposa Pasífae, reis de Creta. O motivo foi a inveja pelo desempenho do jovem nos jogos de Atenas. Como o ele morreu tentando matar o touro, seu pai Minos resolveu fazer uma guerra contra Atenas, e venceu.  Minos rumou para Mégara com sua poderoso exército e logo partiu para cercar Atenas. Durante a guerra uma peste enviada por Zeus contra os atenienses provocou a derrota de Egeu, o que levou o rei Minos a cobrar uma taxa a cada nove anos. A taxa foi em forma de sete rapazes e sete moças atenienses enviados para Creta, onde seriam colocados no labirinto para serem devorados pelo seu filho monstruoso, o Minotauro. Na terceira remessa de jovens, Teseu estava presente e resolveu intervir no problema. Entrou no lugar de um jovem e partiu para Creta para entrar no Labirinto. Na partida usou velas pretas para navegar e seu pai entregou-lhe um jogo de velas brancas, para usar caso saísse vitorioso na missão.
         A linda Ariadne apaixonou-se por Teseu e combinou com ele um meio de encontrar a saída do terrível labirinto, em troca de, quando ele matasse a fera, Teseu a levaria para casa com ele. Era um meio bastante simples encontrar a saída: apenas um novelo de lã.
         Ariadne ficaria à entrada do palácio, segurando o fio que Teseu iria desenrolando enquanto fosse avançando pelo labirinto. Para voltar ao ponto de partida, teve apenas que ir seguindo o fio que Ariadne segurou firmemente. Teseu avançou e matou o Minotauro com um só golpe na cabeça. No caminho de volta, parou na ilha de Naxos e de lá zarpou, deixando Ariadne para trás, dormindo.
         Como presente de núpcias para Ariadne, Dionísio lhe deu um diadema de ouro feito por Hefesto. Este diadema foi mais tarde transformado em constelação. Dionísio e Ariadne tiveram quatro filhos.
         Ao se aproximar de Atenas, Teseu se esqueceu de trocar as velas negras pelas velas brancas e seu pai, quando avistou o navio, achou que ele havia morrido na aventura, atirando-se do penhasco ao mar, que então passou a levar o seu nome.
         Subindo ao trono, Teseu organizou um governo democrático, reunindo os habitantes da Ática, fazendo leis sábias e úteis para o povo. Vendo que tudo corria bem e os atenienses estavam felizes, Teseu mais uma vez se ausentou em busca das aventuras que tanto apreciava.
         Teseu lutou contra as Amazonas junto com Hércules e recebeu como prêmio a Amazona Antíope e teve com ela um filho chamando Hipólito. Para comemorar a vitória sobre as Amazonas os atenienses instituíram as festas chamadas Boedrômias.
         Em uma de suas aventuras com Pirítoo, raptou Helena, ainda uma criança, e logo em seguida foi ao Hades raptar Perséfone. Resolveram que Helena seria esposa de Teseu e Perséfone de Pirítoo. Os heróis foram para Esparta e raptaram Helena de dentro do templo de Ártemis, mas não contavam que os irmãos da jovem, Castor e Pólux, fossem atrás da irmã. Teseu levou Helena para Afidna para ficar sob os cuidados de sua mãe Etra e ele e Pirítoo foram ao Hades raptar Perséfone. Durante esta aventura Castor e Pólux conseguiram resgatar a sua irmã. Este resgate foi facilitado por Academo, que revelou o esconderijo da princesa. No Mundo Inferior foram convidados pelo seu rei para sentarem e comerem, com isso ficaram presos nos assentos infernais. Quando Hércules foi ao inferno libertá-los, foi permitido levar apenas Teseu, ficando Pirítoo preso na 'cadeira do esquecimento'.
         Quando Teseu retornou para Atenas encontrou a cidade transtornada e transformada. Cansado de tanta luta e do trabalho administrativo, enviou seus filhos para Eubeia, onde reinava Elefenor, e resolveu morar na ilha do Esquiro. Licomedes, o rei da ilha de Esquiro, sentindo-se ameaçado, resolveu matar o herói, jogando-o de um penhasco. Mesmo depois de sua morte, o eidolon (alma sem o corpo) de Teseu ajudou os atenienses durante a batalha de Maratona, afugentando os persas.
         Depois de sua morte, porém, os atenienses, arrependidos, foram a Esquiro buscar suas cinzas e ergueram um templo magnífico em sua honra.

domingo, 24 de agosto de 2014

Jasão e o Velocino de Ouro

                                                               O Velocino de ouro
         
         Frixo, filho de Zeus, fugiu com sua irmã Hele da Grécia, nas costas de um carneiro, cujo pelo era de ouro. Quando passaram da Europa para a Ásia, Hele caiu no mar no local onde passou a ser chamado de Helesponto. Frixo continuou a viagem, atravessando o Ponto chegou à Cólquida, onde sacrificou o carneiro e ofereceu seu pelo à Zeus.
         Eetes, rei da Cólquida, recebeu a profecia de que morreria se estrangeiros levassem embora o velocino de ouro. Por causa disto, e por sua crueldade, Eetes ordenou que os estrangeiros fossem sacrificados, para que sua fama de cruel afastasse os estrangeiros da Cólquida. Ele protegeu o santuário com um muro, e colocou guardas do Quersoneso Táurico, o que levou os gregos a inventarem vários mitos monstruosos. Espalhou-se que havia touros que soltavam fogo e um dragão que nunca dormia, em volta do templo.
         Medeia levou os argonautas ao santuário, que ficava a setenta estádios de Síbaris, a cidade que tinha o palácio dos reis da Cólquida. Medeia falou com os guardas na língua da Táurida, e estes abriram os portões para os argonautas, que mataram vários guardas e afugentaram os demais, pegaram o velocino, e fugiram para os barcos. Enquanto isto, Medeia matou o dragão que nunca dormia com venenos, e foi se encontrar com Jasão. Eetes, alertado pelos guardas em fuga, atacou os gregos, e matou Ífito, irmão de Euristeu, o rei que havia imposto os os doze trabalhos de Hércules, porém na luta foi morto por Meleagro. Os gregos, apesar de alguns feridos, derrotaram os bárbaros, e conseguiram fugir.
         A imagem do carneiro foi colocada por Nubes entre as constelações, e marca o tempo onde deve ser feita a semeadura, porque foi pelas artimanhas de Ino que a semeadura havia sido feita antes do tempo, com grãos molhados, o que tinha levado à fuga de Frixo e Hele.
         Jasão foi um herói grego da Tessália. Seu pai, Esão, era filho de Creteu e Tiro. Sua mãe foi Polimede, filha de Autólico. Jasão foi criado por Quíron, o centauro que criou Aquiles.
         O trono de IoIco passou de seu avô Creteu para seu tio Pélias, que era filho de Tiro e Poseidon. Temendo a profecia de que seria morto por Jasão, o rei Pélias enviou o herói, como condição para lhe restituir o trono, para uma missão impossível: trazer o Velocino de Ouro da distante Cólquida. Em Argos, Jasão construiu o navio Argo e reuniu uma tripulação de heróis, conhecida como os argonautas, para acompanhá-lo.
         Após várias aventuras, inclusive a primeira passagem pelo Bósforo, os argonautas chegaram à Cólquida, pensando estar em alguma parte no fim do mas Negro. O rei Eetes da Cólquida exigiu que Jasão cumprisse várias tarefas para obter o Velocino, inclusive arar um campo com touros que cospem fogo, semear os dentes de um dragão, lutar com o exército que brotou dos dentes semeados e passar pelo dragão que guardou o próprio Velocino. Com o Velocino nas mãos, Jasão fugiu com Medeia e enfrentou várias aventuras na volta para casa. Medeia tramou a morte do rei Pélias, cumprindo a antiga profecia.
         Depois, retirou-se para Corinto, após dez anos de casado, repudiou Medeia para desposar Gláucia, filha de Creonte, rei de Corinto. Medeia, por vingança, matou Gláucia e os próprios filhos que tivera de Jasão. Muitos anos depois, Jasão foi morto por um pedaço de madeira de Argo.
        A Orfeu, que tinha o dom da música, coube a tarefa de cadenciar o trabalho dos remadores e de, principalmente, sobrepujar com sua voz, o canto das sereias que seduziam os navegantes. Argos, filho de Frixo, construiu o navio e por isso, em sua homenagem, a embarcação recebeu seu nome. Tífis, discípulo de Atena na arte da navegação foi designado piloto. Morto na Bitínia, foi substituído por Ergino, filho de Poseidon. Castor e Pólux, gêmeos filhos de Zeus e Leda, atraíram a proteção do pai durante a tempestade que o navio foi obrigado a enfrentar. Destacaram-se ainda entre os heróis: Admeto, filho do rei Feres; Ídmon e Anfiarau, célebres adivinhos ; Teseu , considerado o maior herói grego; Hércules que não completou a expedição; Etálides, filho de Hermes que atuou como arauto; os irmãos Idas e Linceu e, é claro, Jasão, chefe e comandante da expedição. Medeia era sobrinha de Circe e  foi, por algum tempo, esposa de Jasão. Foi uma das personagens mais terríveis e fascinantes, ao envolver sentimentos contraditórios e profundamente cruéis, que inspiraram muitos artistas ao longo da história.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Aquiles e suas façanhas

                                                                  Aquiles



         Aquiles foi um herói da Grécia, um dos guerreiros da Guerra de Troia. Ele teve ainda a característica de ser o mais belo dos heróis reunidos contra Troia, assim como o melhor deles.
         O herói era invulnerável em todo o seu corpo por se banhar no Rio Estige, exceto em seu calcanhar, sua morte foi causada por uma flecha envenenada que o atingiu exatamente nesta parte de seu corpo. A expressão "calcanhar de Aquiles", teve aí a sua origem.
         Aquiles era o filho da nereida Tétis e de Peleu, rei dos mirmidões. Tétis era uma das várias filhas de Nereu e Doris, e Peleu era filho de Éaco e Endeis. Zeus e Poseidon haviam sido rivais pela mão de Tétis até que Prometeu, alertou Zeus a respeito de uma profecia que dizia que Tétis daria luz a um filho ainda maior que seu pai. Por este motivo, os dois deuses desistiram de cortejá-la, e fizeram-na se casar com Peleu.
        Quando Aquiles nasceu Tétis tentou fazê-lo imortal, mergulhando-o no rio Estige, no entanto, o deixou vulnerável na parte do corpo pelo qual ela o segurou, seu calcanhar. O filho de Pélagon, desafiou Aquiles nas margens do rio Escamandro; arremessou duas lanças ao mesmo tempo, uma atingiu o cotovelo de Aquiles, mas sem causar danos.
         Peleu confiou Aquiles a Quíron, o centauro, no monte Pélon, para ser criado por ele. O centauro encarregou-se da educação do jovem, alimentou-o com mel de abelhas, medula de ursos e de javalis e vísceras de leões. Iniciou-o na vida rude, em contato com a natureza; exercitou-o na caça, no adestramento dos cavalos, na medicina, na música e obrigou-o a praticar a virtude. Aquiles tornou-se um adolescente muito belo, loiro, de olhos vivos, intrépido, simultaneamente capaz da maior ternura e da maior violência.
         Peleu deu ainda ao seu filho um segundo preceptor, Fénix, um homem de grande sabedoria, que instruiu o príncipe nas artes da oratória e da guerra. Juntamente com Aquiles, foi educado Pátroclo, seu amigo, filho do rei da Lócrida, Menéceo.
         A relação de Aquiles com Pátroclo foi um dos aspectos principais de sua história. Os dois heróis foram interpretados tanto como "colegas de guerra", entre os quais não existiu qualquer tipo de relacionamento sexual, quanto um casal homossexual.
         Com a morte de Pátroclo, o companheiro mais próximo de Aquiles passou a ser o filho de Nestor, Antíloco. Quando Mêmnon, rei da Etiópia o matou, Aquiles novamente foi compelido a voltar ao campo de batalha, em busca de vingança. O combate entre Aquiles e Mêmnon, motivado pela morte de Antíloco, apresentou ecos do ocorrido entre Aquiles e Heitor, pela morte de Pátroclo - com a exceção de que Mêmnon, ao contrário de Heitor, também era filho de uma deusa.
         Como havia sido previsto por Heitor, em seu último suspiro, Aquiles foi morto posteriormente por Páris, com uma flecha que atingiu seu calcanhar vulnerável. Seus ossos foram misturados aos de Pátroclo, e jogos fúnebres foram realizados em sua homenagem.
         Aquiles também apareceu em outro épico perdido sobre a Guerra de Troia, ele se apaixonou  profundamente por uma das princesas de Troia, Polixena , e pediu sua mão a Príamo - que consentiu a união, pressentindo que ela simbolizaria o fim da guerra e uma aliança com o maior guerreiro do mundo. Enquanto o rei organizava os preparativos para o matrimônio, no entanto, Páris - que teria de abandonar Helena se Aquiles se casasse com sua irmã, escondeu-se em arbustos próximos a Aquiles e o matou com uma flecha divina. Páris teria então sido morto por Filoctetes, com o arco e as flechas de Hércules.
         A armadura de Aquiles foi alvo de uma disputa entre Ulisses e Àjax Telamônio, ambos competiram por ela através de discursos sobre quem seria o mais corajoso depois de Aquiles, feitos para os prisioneiros troianos - que, depois de debater o assunto, chegaram a um consenso e deram a vitória a Ulisses. Ájax, furioso, o amaldiçoou - o que lhe trouxe a ira da deusa Atena, que o enlouqueceu temporariamente de tristeza e angústia, e o levou a assassinar ovelhas acreditando serem seus companheiros. Ao despertar de sua fúria e perceber o que havia feito, Ájax cometeu suicídio. Ulisses eventualmente acabou presenteando a armadura a Neoptólemo, filho de Aquiles.
         Uma relíquia que se alegava ser a lança com ponta de bronze de Aquiles foi preservada por séculos no templo de Atena, na Lícia, um porto situado no Golfo Panfílio. A cidade foi visitada em 333 a.C. por Alexandre, o Grande, que costumava se ver como um "novo Aquiles". A relíquia, no entanto, seguramente estava em exibição durante a vida de Pausânias no século II.
         Apesar da valentia e dos feitos de Aquiles, a fatalidade não pôde deixar de acontecer. A morte do grande herói da Antiguidade é apresentada em várias versões, porém a mais aceita relata que ele morreu ferido no calcanhar por uma flecha venenosa, poderosa e assassina, atirada pelo príncipe Páris e guiada por Apolo. Páris, nesse ato, conseguiu vingar-se da morte de seu irmão Heitor e simultaneamente vingou a morte do filho do deus Apolo, Tenes.
         Aquiles, após a morte, recebeu a justa recompensa por toda uma vida de feitos heroicos e de combates. Zeus, a pedido de Tétis, conduziu-o à ilha dos Bem-aventurados, onde ele casou com uma heroína.
        Mesmo o mais invulnerável herói não pode fugir da morte... '-'

domingo, 17 de agosto de 2014

Ulisses e suas aventuras

         
 Ulisses e seus companheiros na caverna de Polifemo


         O Herói grego, Ulisses era rei de Ítaca e filho de Laerte e Anticleia. Seu pai era filho único de Arcésio e sua mãe era filha de Autólico, um famoso ladrão.
         Quanto Tíndaro viu que havia vários pretendentes para sua filha Helena, Ulisses sugeriu que todos os pretendentes jurassem defender o escolhido de qualquer mal que fosse feito contra ele; então Tíndaro escolheu Menelau para se casar com Helena, e fez Icário, seu irmão, se casar com Penélope. Daí a amizade existente entre Menelau, seu irmão Agamemnon e Ulisses.
         Da união com Penélope nasceu Telêmaco, do qual teve de se afastar muito cedo para lutar ao lado de outros nobres gregos em Troia, que se destacou principalmente por sua prudência e astúcia.
         Durante a guerra, os gregos venceram muitas batalhas a conselho de Ulisses, sendo ele um grande guerreiro. Tentou convencer Aquiles a cessar sua ira contra Agamemnon, ao lado de Àjax, filho de Telamon e de Fênix, filho de Amintor, sem obter sucesso.
         Um de seus mais famosos ardis foi dar a ideia da construção de um cavalo de madeira, que permitiu a entrada dos exércitos gregos na cidade.
         Após a derrota dos troianos, ele iniciou uma viagem de dez anos de volta para Ítaca onde a sua mulher o esperava com uma fidelidade obstinada, apesar da demora. Essa viagem foi uma das aventuras e desventuras de Ulisses e sua tripulação desde que deixaram Troia, algumas causadas por eles e outras devido à intervenção dos deuses.
          Quando chegaram em uma ilha, pensaram que fosse desabitada e, por isso, resolveram desembarcar e procurar suprimentos para o resto da viagem. Mas logo foram capturados por Polifemo, um ciclope filho de Poseidon, que se alimentava de carne humana quando esta aparecia. Em sua caverna, Ulisses e os tripulantes da Odisseia estavam prestes a ser devorados quando , com sua astúcia e inteligência, Ulisses embebedou Polifemo até que dormisse. Enquanto ele entrava em sono profundo, Ulisses e seus companheiros, pegaram uma tora de madeira da fogueira e começaram a moldá-la como uma estaca e logo a devolveram ao fogo para que ficasse em brasa.
         Após Polifemo ter acordado, Ulisses o enganou com conversa fiada dizendo que seu nome era "Ninguém". Quando Polifemo dormiu novamente, Ulisses preparou seus companheiros, pegou a tora novamente da fogueira e a atiraram no único e grande olho de Polifemo. Este, desnorteado e furioso, começou a chamar seus irmãos, que na ilha moravam, e dizer: "Me ajudem irmãos, 'Ninguém' me feriu", mas , pensando que Polifemo havia bebido vinho demais, os outros ciclopes foram embora e nada fizeram para ajudá-lo.
         Quando cegaram Polifemo, despertaram a ira de Poseidon, que os atormentou por anos depois de saírem da ilha. Na sua aventura seguinte, Ulisses e os companheiros que ainda restavam, tentaram novamente voltar para casa, mas pararam na ilha de Circe, uma feiticeira famosa por transformar homens em animais. Ulisses conseguiu escapar com a ajuda de uma jovem, mas sua tripulação não, então daí ele passou a navegar sozinho até que Ulisses acabou indo para a ilha de Calipso, uma mulher que o aprisionou durante anos em sua ilha e não o libertaria até que ele se casasse com ela. Porém, ele não aceitou, e ficou vários anos na ilha, até que Hermes, deus dos mensageiros, apareceu para Calipso e deu as ordens de Zeus, ordenando que Ulisses fosse libertado, assim a jovem o ajudou a construir uma jangada, para que continuasse o seu caminho rumo a terra pátria.
         Com a ajuda de Zeus e de outros deuses, Ulisses chegou em casa sozinho para encontrar sua esposa Penélope, importunada por pretendentes. Disfarçado como mendigo, primeiro verificou se Penélope lhe era fiel e depois se candidatou a pretendente, desafiando todos os outros homens que aproveitaram de sua ausência para desposar sua esposa. Quando viram que era um "mendigo" todos riram de sua cara, então ele tirou seu disfarce de mendigo e todos os homens presentes, inclusive sua esposa, ficaram em choque, pois haviam esperado sua morte, exceto sua esposa, que ainda perseverava. Ulisses cheio de ódio, matou os pretendentes à sua sucessão, limpando o palácio. Com isso, se iniciou uma batalha final contra as famílias dos homens mortos, mas a paz foi restaurada por Atena.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Os Doze Trabalhos de Hércules

Hércules matando o Leão de Neméia

        O leão de Neméia foi uma criatura que habitava na planície de Neméia, na Argólia, aterrorizando toda aquela região. Seu couro era tão impenetrável que nem aço perfurava, e se qualquer mortal chegasse perto era morto pela terrível fera, ou ficavam tão aterrorizados com seu rugido que enlouqueciam. Seu rugido era tão potente, que podia ser ouvido a quilômetros de distância de onde a criatura estava.
        Esse leão imortal era filho de TIfão( o pai dos monstros) e Equidna a mãe de todos eles. Este foi o primeiro dos doze trabalhos que Hércules prestou a Euristeu, rei de Tirinto e Micenas, derrotar o Leão de Neméia para dar fim à devastação que ele causava naquelas terras. Hércules tentou suas flechas, mas não obteve resultado.
         Irritado, o Herói golpeou o leão tão forte com a clava em sua cabeça, que este caiu desacordado. Depois de estrangulá-lo, Hércules arrancou o couro do animal com as mãos nuas, já que nenhuma lâmina poderia perfurá-la. A partir daí Hércules passou a usar sua pele como um manto protetor, com a cabeça do leão servindo-lhe de elmo.

                                                    Equidna                             Tifão

                                                  Hércules matando a Hidra de Lerna 

          

         A Hidra de Lerna era uma serpente com corpo de dragão e que tinha sete cabeças, as quais, se cortadas, nasciam duas no mesmo lugar onde estivera a anterior. A cabeça do meio era a única que exalava fogo. Era filha dos pais dos monstros Equidna e Tifão. Hércules a matou cortando suas cabeças e ,para impedir o seu crescimento e bifurcação, queimou os cotocos com uma tocha em brasa. A deusa Hera enviou ajuda à serpente – um enorme caranguejo  mas Hércules o matou e o animal se transformou na constelação de Câncer. Por fim, o Herói banhou suas flechas com o sangue da serpente para que ficassem envenenadas.

                    

                                           Hércules capturando o javali de Erimanto

      

      O javali de Erimanto era um monstro terrível que descia todos os dias do monte Erimanto, na Arcádia, para amedrontar as vizinhanças. No terceiro dos seus famosos doze trabalhos, Hércules recebeu a missão de capturar vivo o javali e levá-lo até o rei Euristeu.
         Hércules, com a força dos seus berros, expulsou a fera de seu esconderijo no topo da montanha, perseguiu o javali através da neve que cobria a região e cansou-o até poder ser capturado. Depois disso, Hércules colocou o javali sobre os ombros e levou-o até o palácio de Euristeu, em Micenas. Ao ver o monstro, Euristeu foi tomado de pavor e escondeu-se numa grande ânfora que mantinha no palácio para esconder-se em caso de perigo.

                                            Hércules capturando a corça de Cerinia

                                              

         Hércules alcançou correndo a Corça de Cerineia, um animal lendário, com chifres de ouro e pés de bronze. A corça, que corria com assombrosa rapidez e nunca se cansava, era Taígete, uma ninfa que, para fugir da perseguição de Zeus foi transformada por Ártemis. Como ela tinha uma velocidade insuperável, Hércules levou um ano para realizar o trabalho. Este animal parecia ser mais tímido do que perigoso, e sagrado para Ártemis; Hércules finalmente aprisionou-a e estava levando-a para Euristeu quando se encontrou com Ártemis, que estava muito zangada e ameaçou matá-lo pelo atrevimento em capturar seu animal; mas quando ficou sabendo sobre os trabalhos, concordou em deixar Hércules levar o animal, com a condição que Euristeu o libertasse logo que o tivesse visto.

                                       Hércules expulsando as aves do lago Estinfales

     

         Os pássaros de Estinfália eram grandes pássaros pretos com garras, asas e bico de ferro que comiam carne humana. Hércules teve que ir matá-los, mas eles eram tantos que quando voavam em bando, o céu ficava negro. O Herói atirava suas flechas contra os pássaros, mas eles eram muitos, então, com castanholas de bronze, fez tamanho barulho, que os pássaros se assustaram e saíram voando em meio ao caos e pânico.

                                          Hércules limpando as estrebarias de Aúgias

        


          Um dos trabalhos de Hércules foi limpar os estábulos de Aúgias em um dia. Isto era visto como humilhante (mais do que incrível, como os trabalhos anteriores) e impossível, já que o gado era imortal e assim produzia uma enorme quantidade de esterco. Mas Hércules o cumpriu em um dia, desviando o rio Alfeu para lavar os estábulos; e sem fazer nada que o desgraçasse e o tornasse indigno da imortalidade. Os currais do rei Aúgias continham três mil bois e há trinta anos não eram limpos.

                                               Hércules capturando o touro de Creta


         Hércules levou o Touro de Creta vivo até o rei Euristeu, que por sua vez entregou-o a Hera. O touro era enraivecido e aterrorizava o povo da ilha de Creta, pois Poseidon, o deus dos mares, o havia oferecido a Minos, rei local, que o não teve coragem de sacrificar um animal tão bonito e tão forte. De acordo com as histórias a deusa Afrodite( deusa do amor), a pedido de Poseidon, amaldiçoou a esposa de Minos, Pacífae, a se apaixonar pelo touro, e aí nasceu o Minotauro.

                                                              Pacífae e Touro

Hércules capturando os cavalos de Diomedes


        Os Cavalos de Diomedes semeavam o terror e viviam atados por correntes de ferro aos seus bebedouros de bronze. Seu dono alimentava-os com carne humana. Diomedes era o rei dos Bistones, uma raça guerreira, e era filho de Ares e Cirene. 
        Hércules foi encarregado de capturar os quatro cavalos de Diomedes e levá-los para Micenas. Navegou à Trácia com um grupo de voluntários e soltou os cavalos, porém quando os Bistones vieram recuperar os cavalos, ele entregou-os à guarda de Abdero, filho de Hermes, que foi morto por eles. Hércules derrotou os Bistones, matou Diomedes e fez os resto fugir. No local onde Abdero morreu, ele fundou a cidade de Abdera. Hércules finalmente levou os cavalos para Euristeu, mas ele deixou os cavalos livres, e eles foram até o Monte Olimpo, onde foram mortos por bestas selvagens.

                        Hércules obtendo o cinturão de Hipólita, rainha das Amazonas


         Hipólita recebeu de seu pai, o deus da guerra Ares, um cinturão mágico como símbolo de seu poder e autoridade sobre as amazonas. Um dos trabalhos de Hércules era obter o cinturão de Hipólita e entregá-lo para Admeta, filha do rei Euristeu e sacerdotisa de Hera. Para isso, ele navegou, acompanhado de Teseu e suas tropas, até o Ponto Euxino, na cidade de Temiscira, na foz do rio Termodonte , onde ficava o palácio das amazonas.
         Hipólita ficou impressionada com o Herói ao conhecê-lo e lhe deu o cinto por vontade própria.

                                            Hércules buscando os bois de Gerião


       Seu cobiçado rebanho de bovinos vermelhos era guardado pelo pastor Eurítion e pelo cão Ortros, perto do local em que também pastava o rebanho de Hades, cuidado por Menetes.
        Hércules recebeu de Euristeu a ordem de capturar o rebanho de Gerião, foi para Erítia após várias aventuras, matou Ortros com sua clava e depois derrotou Eurítion. Avisado por Menetes, Gerião travou com o Herói um combate às margens do rio Ântemo, onde foi finalmente  morto a flechadas. Hércules seguiu então sua jornada de volta à Grécia, enfrentando vários desafios.

                             Hércules roubando os pomos de ouro no jardim das Hespérides



         O jardim das Hespérides era considerado o mais belo de toda a Antiguidade. Quando Hera se casou com Zeus, recebeu de Gaia como presente de núpcias, algumas maçãs de ouro. Hera as achou tão belas que fez as Hespérides plantarem em seu jardim, no extremo Ocidente.
         O jardim das Hespérides era conhecido como jardim dos imortais, pois continha um pomar que abrigava árvores mágicas de onde nasciam os pomos de ouro, considerados fontes de juventude eterna.
         Para chegar até o jardim havia muitos obstáculos, tais como a gruta das Greias e a gruta das Górgonas. O próprio jardim era povoado de monstros que o protegiam, tais como um terrível dragão, filho de Fórcis e Ceto, e também Ladão, o dragão de 100 cabeças filho de Tifão e Equidna.
         Hércules recebeu o conselho das ninfas do Erídano (filhas de Zeus e Têmis) de que deveria pedir a ajuda de Prometeu. Hércules partiu para o Cáucaso onde libertou Prometeu, derrotando o abutre que o atormentava. O titã aconselhou Hércules a pedir ajuda a Atlas, pai das Hespérides, que é o único que podia chegar ao jardim das maçãs de ouro sem problemas, pois conhece bem os caminhos e os obstáculos. Hércules então trocou de lugar com Atlas e suportou o peso do céu  enquanto o Titã buscava os pomos de ouro. Atlas levou os pomos, mas ameaçou não destrocar com Hércules. Ele o lembrou ser filho de Zeus, e afirmou que ele seria severamente castigado por aquele comportamento. Atlas então voltou a suportar o peso do céu.

                                                       Hércules capturando Cérbero


   O último trabalho de Hércules consistiu em levar do mundo dos mortos o cão Cérbero. Hades autorizou-o a levar Cérbero para a Terra sob a condição de conseguir dominá-lo sem usar as suas armas. Hércules lutou com ele só com a força dos seus braços, quase o sufocou, mas conseguiu domá-lo. Depois levou-o a Euristeu, que, com medo, ordenou-lhe que o devolvesse.